terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Verdade sobre antidepressivos


  A FRASQUEIRA DE PANDORA
Ao abrir sua caixa, a mística Pandora libertou as doenças no mundo. Felizmente, entre os vários males que escaparam, os deuses haviam colocado um consolo, a Esperança!. E a Esperança nos fez acreditar que para todo mal existe uma cura: se Pandora tinha as doenças guardadas em uma caixa, ela certamente possuía uma frasqueira para guardar utensílios, cosméticos, duas aspirinas, uma caixa de antibióticos, a cura do câncer, etc.

Nas últimas décadas, as doenças mentais que escaparam da Caixa de Pandora vêm ganhando destaque, a ponto da maioria dos médicos concordar que o século XXI será o século dos transtornos da mente. Estamos relativamente bem aparelhados para lidar com a maioria das infecções, temos recursos paliativos para boa parte dos tumores malignos, mas a mente... ah, a mente... essa ainda dá um baile na gente!. Não é de surpreender que a indústria dos antidepressivos movimente várias centenas de milhões de dólares por ano. Estou vasculhando a frasqueira de Pandora em busca daquela única pílula capaz de sumir com todos os problemas e pintar o mundo novamente de azul e cor de rosa. Quem é que não quer essa pílula!!?

Foi neste contexto que, no final da década de 80, os cientistas acharam ter descoberto algo. Há muito se sabia que a Serotonina, uma substância utilizada para transmitir informações entre os neurônios, estava envolvida com a sensação de bem estar e a percepção de "felicidade". Quanto mais serotonina no seu cérebro, mais você ri à toa. Quanto menos serotonina, mais segundas-feiras você encontra na sua semana. Em 1987, o lançamento da Fluoxetina inaugurou a era dos Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina - ou ISRS -, antidepressivos que agem diretamente sobre os níveis cerebrais de Serotonina. Não demorou muito para que a Fluoxetina fosse elevada à categoria de panacéia para toda sorte de tristeza e angústias - e virasse uma máquina de fazer dinheiro.

Entretanto, como qualquer bom casamento é capaz de provar, bastaram alguns anos de lua-de-mel para que os problemas começassem a surgir. Em junho de 2001, um júri nos EUA determinou que um certo antidepressivo da família dos ISRS foi o causador de uma crise psicótica em um homem. Durante o surto, o homem assassinou sua mulher, a filha e a neta, cometendo suicídio logo em seguida. A família processou o laboratório e ganhou a causa e uma indenização de 8 milhões de dólares. Outros casos se seguiram, e a cada dia mais e mais pessoas vêm acionando judicialmente médicos e companhias farmacêuticas por motivos similares: antidepressivos que matam.

Do meu ponto de vista, o problema teve início justamente com a propaganda em torno da expectativa de "felicidade-a-uma-pílula-de-distância". Isto fez com que os ISRS fossem recomendados para tudo quanto é tipo de queixa (basta você ir a um psicológo, psicanalista ou psi sei lá o que, as vezes nem é preciso) Ah, você não dorme? Tome um antidepressivo. O quê, você dorme demais? Tome mais antidepressivo. Você não dorme nem fica acordado, muito pelo contrário? Tudo bem, tome montes de antidepressivos! Mas ei! será que vocês não desconfiam que  quando a esmola é muita tem que desconfiar!? pelo amor  Deus gente, aff isso me revolta, com tanta coisa boa pra se fazer nessa vida que nos ajuda a melhorar, neguinhos por aí ainda preferem a pílula do mundo azul! cadê seus amigos pra te ajudar a levantar naquele dia ruim?? aaah não vô tomar a pílula cor de rosa.

Ah! e principalmente: se utilizados em excesso, podem provocar acúmulos tóxicos de Serotonina no cérebro. 

Quando os níveis de Serotonina superam o tolerável, seu sistema nervoso começa a apresentar sintomas de envenenamento, incluindo:
  •  transtornos do equilíbrio (p. ex., tonturas, vertigem, ataxia); 
  • transtornos gastrintestinais; 
  • gripais como cansaço, letargia, mialgia, calafrios; 
  • transtornos sensitivos ou sensoriais (p. ex., parestesia, sensação de choque elétrico); e 
  • transtornos do sono (p. ex., insônia, sonhos vívidos). 
Os sintomas psicológicos têm sido, por ordem de freqüência, ansiedade/agitação, crises de choro e irritabilidade, hiperatividade, despersonalização, desânimo, problemas de memória, confusão e diminuição da concentração e/ou lentidão do pensamento. a maioria dos médicos e pacientes esquece de prestar atenção para este risco e não se mantém alerta para os sinais de que algo não vai bem - e que este algo pode ser um efeito colateral potencialmente grave do antidepressivo. Esses sintomas também podem ser observados mesmo após a diminuição da dose ou omissão de algumas doses.

E aí será que vc ainda prefere a pílula arco íris mágica do que sair com amigos, ir ao parque, fazer atividade física, comer um chocolate, beijar na boca e milhares de outras coisas aí?
Você deve ter consciência de que não somos robôs. Ninguém é. Um pouco de angústia, tristeza e desânimo fazem parte da vida de cada um - lembre-se de agradecer à Pandora, certo? Se os sintomas depressivos que você apresenta sugerem baixos níveis cerebrais de Serotonina, existem vários recursos naturais e dietéticos que você pode empregar para tentar levantar seu humor ANTES de partir para o uso de drogas mais fortes. Além disso, lá no fundo, dependerá de VOCÊ - não de seu médico e certamente não de uma pílula - encontrar o caminho para superar as dificuldades desse mundo. Sua VONTADE sempre terá mais peso que qualquer receita tirada da frasqueira de Pandora.




 beijuuus e como sempre ficaadica!      

      * beju especial pra minha prima Bia, em atenção a ela postei a materia, lembrando que muitos ainda não fazem idéia do tanto que isso faz mal * 



e agradecimento à copacabanarunners 
    

2 comentários:

  1. Rafitis adorei muitooo, obrigada pelas dicas... vou prestar mais atenção, já me livrei doq me fazia mal... agora é só aproveitar as dicas..
    Saudades Bju bjuuuu

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